Papa Francisco na missa de despedida de seu antecessor, Bento XVI. Foto: Alberto PIZZOLI / AFP.
Após aprovar, em 2024, a reforma nos ritos funerários papais, que simplifica as cerimônias dos pontífices, o papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira (21), terá o corpo sepultado fora do Vaticano e utilizará um caixão com estrutura de madeira revestida por zinco, deixando para trás a tradição das três urnas de cipreste, chumbo e carvalho.
Com a mudança, Francisco será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, local que costumava frequentar. O último papa enterrado fora do Vaticano foi o Leão XIII, em 1903. Antes, os líderes da Igreja Católica eram sepultados nas grutas da Basílica de São Pedro, dentro do Vaticano.
À época da divulgação da reforma, o mestre de cerimônias litúrgicas do Vaticano, Monsenhor Diego Ravelli, afirmou que a medida tinha como objetivo “enfatizar ainda mais que o funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo e não de um homem poderoso deste mundo“.
Outra alteração foi a dispensa de que o papa seja colocado em um caixão elevado na Basílica de São Pedro para exibição pública. A exposição será feita para despedida dos fiéis, mas sem uso de plataforma alta. “O Papa Francisco solicitou sobre a necessidade de simplificar e adaptar certos ritos para que a celebração do funeral do Bispo de Roma possa expressar melhor a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado“, disse o Vaticano.
Ainda há a simplificação dos termos para se referir ao pontífice durante o cronograma de despedida, sendo chamado somente de papa ou bispo de Roma. Antes, outros nomes mais complexos poderiam ser utilizados como Primaz da Itália, Vigário de Jesus Cristo, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos e Arcebispo Metropolitano da Província Romana.
